quarta-feira, 7 de abril de 2010

Goteira maldita



Chove muito, e não apenas no Rio de Janeiro. O Flamengo sofre com o aguaceiro, e não apenas no futebol, com o adiamento do jogo pela Copa Libertadores.

Voltei frustrado ontem do ginásio da Asceb, em Brasília, onde a partida de basquete contra o Juventud Sionista, da Argentina, pelo Torneio Interligas, foi interrompida. Desastre total, até porque o local do jogo, antes confirmado para o Nilson Nelson, fora mudado de última hora porque os times argentinos não aprovaram o piso – fiquei sabendo graças ao aviso de um colega que trabalha na editoria de esportes de um jornal.

A primeira paralisação por causa das goteiras aconteceu no primeiro quarto e durou cerca de 20 minutos. Logo em seguida, outra notícia patética: o placar eletrônico sofrera um curto-circuito. A contagem de pontos e o tempo de jogo passaram a ser anunciados, a cada cesta, pelo alto-falante. A “narradora” era uma funcionária da mesa responsável pelas estatísticas, sentada e com um microfone na mão.

O jogo foi reiniciado, mas interrompido outras duas vezes, a última às 20h50, no fim terceiro quarto, com vitória parcial do Flamengo por 66 a 62. Enquanto nada era definido, os rubro-negros Marcelinho, Fred, Dedé e Vitor se divertiam ao tentar fazer cestas com o pé, num futevôlei de surpreendente bom nível. A brincadeira era incentivada pelos escassos integrantes da Jovem Fla, desta vez pacífica, e da Flamigos.

Em outro ponto da pequena arquibancada, os poucos aventureiros da torcida organizada do Universo, que jogaria depois contra o argentino Libertad Sunchales, aguardavam - em vão- a partida de seu time. E um sujeito ao meu lado assistia aos gols de Messi contra o Arsenal pela TV do telefone celular.

Só uma hora após a segunda interrupção, às 21h50, com os jogadores do Juventud Sionista já no vestiário, foi anunciado o adiamento. Isso depois de intensa movimentação e conversas entre os cartolas dos quatro participantes do torneio, todos na quadra do ginásio, seguidos de perto pelos repórteres presentes.

Confirmadas a decisão e a mudança de regulamento do quadrangular, hora de pegar o dinheiro de volta – afinal, não poderei comparecer hoje, já que o restante do duelo será disputado a partir das 18h, horário impraticável para quem trabalha.

Paguei R$ 20 pela inteira, mas me deram um ingresso de meia-entrada porque não havia bilhetes com o valor total impresso. Todos, inclusive, eram sobras do jogo do último domingo entre Flamengo e Universo, no Nilson Nelson.

Resultado: tive de explicar à moça responsável pela devolução que, embora estivesse escrito “meia-entrada” em meu ingresso, eu tinha pago o valor integral. Ela me olhou desconfiada, mas preferiu não discutir e me devolveu os R$ 20. Virei as costas, saí do ginásio, peguei meu carro no estacionamento e voltei para casa.

Muita coisa precisa mudar.

Foto: GloboEsporte.com

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