Claro que não foi grande coisa. O adversário é muito fraco. E o Flamengo, embora dominasse a partida desde o início, parecia conformado e quase não criava chances de gol. Era Willians, por exemplo, que chegava à linha de fundo pela direita – e não Leo Moura.
O time precisou sair atrás no placar para Andrade mudar o posicionamento e os jogadores despertarem: no gol de empate, Kleberson - deslocado do lado esquerdo para o direito - enfiou para Leo Moura, que cruzou na cabeça do Imperador.
No segundo tempo, o Flamengo teve a posse bola, disposição, toque fácil, agradável e eficiente e jogadas pelos dois lados do campo. Vinícius Pacheco entrou bem no lugar de Petkovic, discreto no Engenhão novamente vazio.
O segundo gol foi o ponto alto da pelada. Bruno iniciou contra-ataque ao esticar com a mão para Juan. O lateral tocou de lado, de primeira, para Adriano, que arrancou e devolveu o passe. Já perto da área, Juan passou para Vagner Love, que cortou o zagueiro e fez o golaço.
No terceiro, valeu a autocrítica de Vinícius Pacheco. Livre diante do goleiro, preferiu não arriscar. Viu o Imperador chegando e entregou-lhe a bola. Melhor assim.
Sobre o Imperador: eu já tinha achado Adriano menos pesado contra o Botafogo. Hoje, ele correu um pouquinho mais, como no segundo gol e numa jogada em que tentou fazer fila, e mostrou certa mobilidade. A perseguição da imprensa, pelo visto, tem sido útil. O homem quer jogo.
Já Vagner Love deixou o dele, perdeu dois bisonhamente e se atrapalhou bastante com a bola, como tem acontecido nos últimos jogos. Pode melhorar.
É nítida a diferença entre Maldonado e Toró. Basta pensar o seguinte: você notou o chileno em campo? Poucas vezes, com certeza. Torozinho, se estivesse no gramado, seria notado o tempo inteiro, a dar carrinhos, a correr atrás dos adversários e a receber cartões desnecessários.
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A frase da noite é do comentarista André Loffredo, do Sportv, sobre o segundo tento rubro-negro:
“Foi um gol belíssimo. Um típico gol dessa equipe do Flamengo”.
Fica a esperança de que o time coloque em prática a fluência de jogo mostrada hoje em partidas mais difíceis. Qualidade não falta.
Foto: GloboEsporte.com
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