quarta-feira, 12 de maio de 2010

Reencontro decisivo


O confronto com o Universidad de Chile, pelas quartas-de-final da Libertadores, poderia perfeitamente lembrar os rubro-negros dos duelos contra Defensor, em 2007, e América do México, em 2008, ambos pelas oitavas-de-final do mesmo torneio. Afinal, os três adversários têm algo em comum: são clubes de pouca ou nenhuma expressividade internacional, daqueles que os brasileiros costumam (ou costumavam, no caso de alguns) menosprezar, achar que já os tinham derrotado por antecipação.

Exatamente por isso - e por disputar, paralelamente, a decisão do Campeonato Carioca, excessivamente valorizado na Gávea -, o Flamengo levou ferros vergonhosos de uruguaios e de mexicanos. Contra os chilenos, no entanto, a história deve ser outra: como enfrentou o Universidad de Chile na primeira fase e não conseguiu nem uma vitória sequer (perdeu em Santiago e empatou no Rio de Janeiro), o clube deve tratar os dois jogos com a seriedade merecida, ciente de que não pode bobear. Ainda bem.

São duas as incógnitas para o duelo do Maracanã: Adriano e Kleberson. Todo rubro-negro está curioso para saber como o Imperador vai reagir após não ter sido convocado por Dunga para a Copa do Mundo. Quanto ao apoiador, chamado para a Seleção Brasileira, o receio é o mesmo que expresso aqui há dois dias: se ele vai colocar o pé em dividida. Num jogo duro como o de hoje, não dá para ficar com a cabeça na África do Sul. E concentração não é o forte de Kleberson.

O certo é que o Flamengo dependerá bastante dos dois. Adriano, por ser Adriano. Kleberson, por ser o homem responsável pela criação das jogadas num meio de campo composto pelos volantes Rômulo, Maldonado (que não foi convocado por Marcelo Bielsa e também está fora da Copa) e Willians. No segundo tempo contra o Corinthians, isso funcionou. Kleberson também se destacou no domingo, no mistão que empatou com o São Paulo. Apesar de tudo, eu iria de Petkovic.

Desde que mantenha a concentração e a dedicação dos jogos contra o Corinthians, o Flamengo é o favorito, independentemente da escalação de Rogério. Incógnitas à parte, é possível confiar nos calejados Bruno, Ronaldo Angelim, Maldonado, Leo Moura, Juan e Vagner Love. O Universidad de Chile não é fraco e o técnico Gerardo Pelusso não é bobo. Mas o time chileno é inferior. De qualquer maneira, os caras estão invictos e tal. Vai ser difícil.

***

Parabéns para Fierro, o outro representante rubro-negro na África do Sul.

Nenhum comentário: