sexta-feira, 21 de maio de 2010

Pacheco eterno


Não me lembro ter xingado tanto um jogador do Flamengo como xinguei, ontem, Vinícius Pacheco. Nem nas piores fases do clube.

O jogador não é o responsável pela eliminação rubro-negra da Libertadores, claro. Todos - atletas, o técnico Rogério, diretoria, Patrícia Amorim - estão no mesmo bolo.

Mas a tentativa de cavar um pênalti no último lance do jogo, quase na pequena área, quando poderia chutar para o gol ou passar a bola, me esgotou a paciência.

Porque eu acreditava muito que o time faria 3 x 1 nos chilenos. E porque se atirar ao chão, num momento daqueles, é a última coisa que um jogador profissional deve fazer.

Pois ele forçou a queda, o árbitro não embarcou no teatro e encerrou o jogo. Xinguei-o até ficar rouco, fui para o quarto e só consegui dormir duas horas depois.

Acordei leve e tranquilo, na medida do possível, mas só até ligar a televisão e ver que o SporTV reprisava a partida, que já estava em seus últimos minutos.

Resultado: lá estava eu, sozinho, com o dia claro, torcendo inutilmente para que a mágica acontecesse e Pacheco desfizesse a bobagem de algumas horas antes.

E, novamente, ele forçou a queda, o árbitro não embarcou no teatro e encerrou o jogo. Pior: dessa vez, percebi que Adriano estava desmarcado, a pedir a bola.

Apesar de rouco, voltei a xingar Pacheco. Até quase ficar mudo. Depois, troquei de roupa, tomei o café da manhã, peguei meu carro e vim para o trabalho.

Eis a minha nova sina: a cada reprise do último lance de Universidad de Chile x Flamengo, torcer para Pacheco fazer o que não fez.

Vou rezar pelo chute indefensável, pelo passe para Adriano, pelo gol que nenhum rubro-negro jamais vai comemorar. E xingar o pobre Vinícius Pacheco.

Um comentário:

Paulo Henrique disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.