É interessante como quase sempre são agradáveis as partidas entre os dois clubes. Mesmo com equipes mistas em campo, até porque cariocas e paulistas têm no elenco jogadores capazes de suprir a falta de alguns titulares. Mistão por mistão, no entanto, o do São Paulo é melhor. No Flamengo, não há quem supra à altura as ausências de Maldonado, de Leo Moura, de Vagner Love e de Adriano.
Com Rômulo, Toró e Fernando no meio, o Flamengo viu o São Paulo, com jogadores mais técnicos no setor, dominar o jogo. O time atacava pouco, embora Kleberson, ainda correndo atrás da convocação para a Copa do Mundo, fizesse boa partida – aliás, ele poderia mostrar sempre a concentração e disposição de hoje, pois é evidente que sabe jogar bola.
Já Pet, em posição um pouco diferente da habitual por causa da ausência de Love, não estava mal e Dennis Marques, para variar, era nulo – com desconto dessa vez, porque era o único atacante da equipe. O São Paulo criou as melhores chances do primeiro tempo e mereceu o gol no final, apesar da melhora do Flamengo a partir dos 20 e tantos minutos.
Na segunda etapa, o time deu a mesma sorte do duelo com o Corinthians: marcou um gol logo no início, com participação decisiva de Michael, que substituiu Fernando e tornou o time mais ofensivo. No melhor estilo Petkovic, ele lançou Dennis Marques, que livre, concluiu no melhor estilo Dennis Marques: um chute rasteiro e fraco. A bola só entrou porque o superestimado Rogério Ceni mostrou a manjada falta de reflexo, nunca mencionada pela imprensa paulista.
O empate animou o Flamengo, mas o São Paulo ainda teve mais posse de bola durante algum tempo. A situação se inverteria posteriormente, com Juan aparecendo mais para o jogo, Michael eficiente, Petkovic bem até ser substituído e Dennis Marques aceitável. O time perdeu alguns gols, mas foi ameaçado e poderia ter sofrido o segundo. E ficou nisso.
Resta agora esperar a convocação de Dunga, terça-feira, e torcer para que, a depender das decisões do treinador a respeito de Kleberson e de Adriano, isso não afete o desempenho dos dois na quarta-feira, contra o Universidad de Chile.
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Ainda acho que Pet tem deve ser titular desse time. Mesmo com Kleberson na ótima fase de um jogo e meio e com Michael tentando se recuperar após a boba expulsão no primeiro confronto com o Corinthians.
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Eis a frase do jogo:
“O atacante tem de ser frio naquela hora, precisa ter cabeça de gelo. A oportunidade apareceu e consegui marcar.”
A declaração poderia ser de Dennis Bergkamp. Mas é de Dennis Marques, publicada no UOL Esporte.
Foto: GloboEsporte.com
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